Procedimentos cirúrgicos

A Cirurgia Dermatológica é a área da Dermatologia especializada em procedimentos diagnósticos, cirúrgicos, estéticos e oncológicos realizados na pele ou no tecido celular subcutâneo. Grande parte dos procedimentos são minimamente invasivos e podem ser realizados no próprio consultório. Eles têm por objetivo prevenir, restaurar e manter a saúde de sua pele, cabelo ou unhas. (Fonte: Adaptado de Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica)

Procedimento simples no qual um pequeno fragmento da pele ou da mucosa é retirado para análise patológica. É comum confundir o termo biópsia com o exame patológico propriamente dito. As biópsias cutâneas podem ser feitas com um “punch”, por “shaving”, por curetagem ou por excisão com bisturi. Todas as técnicas são precedidas por anestesia local, sem risco para o paciente. O anestésico é injetado após assepsia e causa ardência por um período não superior a 30 segundos, além disso, o procedimento não traz qualquer desconforto ao paciente.

Punch: um cilindro de superfície cortante que, ao ser girado rotatoriamente, se aprofunda na pele e permite a remoção de um cone que pode alcançar até a gordura subcutânea. A ferida resultante é pequena e costuma ser suturada. Vários diâmetros são disponibilizados, cada um adequado para diferentes propósitos.

Shaving: é feito com uma navalha que não se aprofunda em demasia, removendo um fragmento mais superficial da pele, mas que pode ser mais extenso do que os removidos por “punch”. Esta maior extensão pode facilitar o estudo patológico das inflamações ou dos tumores de localização superficial. Não há necessidade de sutura e costuma cicatrizar mais rapidamente, mas não se presta para o estudo de processos inflamatórios mais profundos ou para a avaliação de margens de ressecção cirúrgica nos casos de neoplasias.

Curetagem: raspagem realizada por meio de uma cureta que retira vários e pequenos fragmentos de pele. Cicatriza muito rapidamente, sem necessidade de sutura. Não permite, entretanto, a remoção de partes mais profundas da pele. Nos casos de tumores pequenos, superficiais e em áreas de baixo risco, pode ser curativa, principalmente quando associada à cauterização elétrica ou química subsequente.

Excisão com bisturi: remove fragmentos que podem ter grande extensão e profundidade. Há excisões em forma de fuso de pele fechadas por sutura simples aproximando-se as bordas e outras, de formas circulares ou ovais, reparadas por rotação de retalhos cutâneos que permitem a retirada de grandes áreas com bom resultado estético. Alguns pontos são necessários para o fechamento da ferida e só devem ser removidos depois de cinco a 20 dias, dependendo da extensão e da localização. É utilizada para remoção de tumores, de bolhas, de paniculites ou de outros processos inflamatórios profundos ou em áreas onde a excisão com bisturi gera melhores cicatrizes.

O cuidado pós-operatório indicado pelo dermatologista é muito importante para se evitar infecções que podem atrasar a cicatrização ou deixar defeitos inestéticos.


Indicação.

A biópsia, em casos dermatológicos, é realizada a fim de diagnosticar doenças de pele císticas, tumorais, inflamatórias, do desenvolvimento ou de depósito. Nas biópsias excisionais, o objetivo é a resolução do processo por meio da avaliação da suficiência das margens de ressecção cirúrgica.

FONTE: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/biopsia/1/

 

No início de um quadro de unha encravada, pode-se tentar o tratamento clínico, com higienização frequente da unha e elevação da ponta que está penetrando o tecido por meio da colocação de um pedaço de algodão ou de um fragmento de plástico, como uma haste flexível cortada ao meio. O paciente nunca deve tentar cortar a unha, pois provocará uma piora do quadro. Nos casos que não responderem, é necessário a realização de um tratamento cirúrgico, com a retirada parcial da unha doente, visando desobstruir sua passagem e permitir que ela cresça normalmente.

A cirurgia é feita com anestesia local e, na maioria das vezes, não é necessário remover toda a unha. Pode ser empregada também a técnica de fenolização de matriz ungueal. Nela, ao invés de cortar a unha, o dermatologista aplica um ácido que destrói a parte encravada e o local cicatriza mais rapidamente, sem necessidade de cortes e pontos.

Recidivas não são comuns, mas podem ocorrer. Nos pacientes com tendência a ter unhas em telha (arredondada), é possível fazer abrasão (desbaste) da unha acometida.

 

FONTE: https://www.sbcd.org.br/procedimentos/cirurgicos/cirurgia-de-unha-encravada/

O que é?
Termo médico utilizado para descrever a aplicação de uma substância cáustica ou ácida sobre uma lesão, com o objetivo de removê-la. Após a aplicação do produto, a lesão fica esbranquiçada e pode arder. Ao redor do local tratado a pele pode ficar vermelha, irritada e até inchada. Nos dias subsequentes, a área escurece e fica enrijecida, devido à morte das células. Duas semanas após o procedimento, as crostas que se formam sobre a lesão são eliminadas.

O tipo de substância utilizada pode levar a um aspecto diferente, com coloração amarelada, em vez de esbranquiçada. A substância mais utilizada é o ácido tricloroacético, mas outros ácidos podem ser utilizados, a critério médico e de acordo com a doença em questão. O hidróxido de potássio é outra substância que pode ser usada, notadamente no tratamento do molusco contagioso, conforme a avaliação do dermatologista.

Indicação
Normalmente, usa-se a técnica para tratar queratoses actínicas, queratoses seborreicas, verrugas virais, granuloma piogênico (área sangrante que pode surgir após um trauma ou machucado na pele ou mucosa), entre outros problemas. Podem ser necessárias várias sessões, a depender do tipo de lesão tratada.

Fonte: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/cauterizacao-quimica/2/

 

Criocirurgia, também conhecida como crioterapia, é um processo terapêutico baseado no tratamento de lesões pelo frio. O resfriamento rápido da pele provoca inúmeras alterações imunológicas e destruição dos tecidos, inclusive, podendo induzir à morte celular programada (apoptose). Vários agentes químicos diferentes podem ser utilizados para se conseguir o resfriamento abrupto da pele. O mais comumente usado é o nitrogênio líquido, na temperatura de -195,8ºC. É um método seguro, limpo, rápido e altamente eficaz, quando bem indicado e corretamente utilizado.

Indicação

Pode ser utilizada como tratamento para alguns tipos de carcinoma basocelular, em casos de cromomicose, e em inúmeras doenças inflamatórias como a liquenificação circunscrita. Presta-se muito bem para tratamento de ceratoses actínicas e seborreicas, verrugas e lentigos solares. Porém, trata-se de um tratamento que, se não for adequadamente realizado, pode trazer terríveis consequências, incluindo necrose ou perda de um membro. Portanto, é altamente recomendado que seja realizado por um médico dermatologista habilitado.

FONTE: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/criocirurgia/23/

São coleções de material purulento (pus) que, embora normalmente decorram de infecções bacterianas, podem, em alguns casos, não representar infecções, mas serem manifestação de outras doenças cutâneas como paniculite, ou outras doenças abscedantes, como hidradenite e foliculite dissecante.

Sintomas

Costumam ser dolorosos e quentes. A dor é normalmente do tipo pulsátil.

Tratamentos

Usualmente, o tratamento mais indicado para abscessos é a drenagem cirúrgica, mas é fundamental identificar a causa de seu surgimento e tratá-la. No caso de infecções, antibióticos são necessários. Eventualmente, pode ser que o paciente precise de internação.

Prevenção

Uma das principais formas de se evitar o abscesso é ter hábitos de higiene, limpando sempre a pele, lavando as mãos, não usando toalhas de outras pessoas, assim como utensílios e acessórios como tesouras. Tomar cuidado ao fazer a barba ou se depilar com lâminas. Também é importante não se espremer acne ou foliculites, por exemplo.

Fonte: sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/abscesso/74/

 

Eletrocauterização, ou simplesmente cauterização, é um procedimento cirúrgico destrutivo. Para que seja realizado, é necessário primeiro limpar o local da excisão; em seguida, aplica-se uma injeção local de anestésico com ou sem vasoconstritor (para controlar possíveis sangramentos).

A lesão é carbonizada por eletricidade e calor, sendo que o material pode ser coletado e enviado para análise patológica ou não. A recuperação é rápida. Normalmente o paciente retoma as suas atividades no mesmo dia, e o ferimento cicatriza em até quinze dias. É recomendado não expor a área ao sol por dois meses.

Indicação

Utilizada para retirar alguns tipos de tumores benignos e alguns tipos de cânceres da pele. Também pode ser realizada para retirar também lesões benignas da pele, como hiperplasias sebáceas e ceratoses seborreicas.

FONTE: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/eletrocauterizacao/6/

 

É um procedimento utilizado para remoção de lesões.

Após assepsia (limpeza da pele), é realizada anestesia local e então feita uma incisão com aspecto de fuso envolvendo a lesão a ser removida. Após, a ferida operatória é fechada com sutura, que pode ter pontos internos (com fios absorvíveis) e pontos externos. OS pontos externos são retirados após, com períodos de tempo diferentes, de acordo com a região anatômica tratada.

Este procedimento consiste na injeção de uma medicação dentro da lesão para o seu tratamento. Assim, ela atua diretamente no local desejado, fazendo com que sua ação fique potencializada.

 

Costuma-se utilizar medicamentos de depósito, como corticoides, que continuam agindo no local por vários dias.

Geralmente é necessária mais de uma aplicação com intervalo a cada 30 dias.

 

As indicações mais freqüentes de uso são para tratamento de alopecia aerata, cicatrizes hipertróficas, queloides, dentre outros.

O que é?
Existem diferentes tipos de cistos, o mais frequente é o epidérmico. Trata-se de um nódulo benigno que pode surgir em qualquer área do corpo, porém é mais comum na face, pescoço e tronco, que são regiões com maior acúmulo de glândulas sebáceas. São desencadeados por uma alteração estrutural na composição folicular. Também podem ser de origem traumática: as células que estão na camada mais superficial da pele (epiderme) acabam indo para a derme, gerando essa formação cística. É mais comum de ocorrer em adultos, sendo considerados raros os casos em crianças.

Sintomas
Nódulo visível e palpável, de consistência fibroelástica e da cor da própria pele. Em alguns casos, pode ser mais visível e ter uma coloração amarelada. Pode ser doloroso, dependendo de sua localização no corpo, mas isso não é muito comum. Se houver infecção, o cisto pode ficar avermelhado, quente, doloroso e sofrer saída de secreção purulenta.

Tratamentos
O tratamento não traz grandes repercussões. Há uma cápsula que retém secreção sebácea e queratina, no entanto, pode haver períodos de expulsão. Ou seja, a secreção sai e o cisto “esvazia”, mas depois incha e esvazia de novo. Para resolver a situação e eliminar o cisto, o procedimento deverá ser cirúrgico. Será feita uma incisão e a retirada do material inclui a cápsula, que é como uma capa que recobre o conteúdo. Costuma ser um procedimento simples, dependendo do tamanho e da localização do cisto. São feitas anestesia local, incisão e remoção, o que gera uma cicatriz. Uma possível complicação que pode ocorrer é surgir uma infecção secundária, com a entrada de bactérias, o que irá causa dor e saída de pus. Nestes casos, será preciso fazer terapia com antibiótico. Por isso, dependendo da localização do cisto e das características de como ele se comporta, há a indicação da remoção cirúrgica.

FONTE: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cisto/80/

 

O que é?
Lipomas são tumores cutâneos benignos compostos por células de gordura maduras. São os mais frequentes na população, com a incidência estimada de 10% e prevalência em 2,1 por 1.000 pessoas. Apresentam-se geralmente nas regiões subdérmica e subcutânea, e podem-se localizar em qualquer parte do corpo, incluindo vísceras e cavidades.

Sintomas
Geralmente, surgem na faixa etária de 40 a 60 anos e são raros em crianças. Os lipomas apresentam-se como massas de crescimento lento sem sintomas de dor ou comprometimento funcional. São múltiplos em aproximadamente 5% dos casos. O diagnóstico, na maioria das vezes, é clínico para os que apresentam lipoma subcutâneo típico. Nos casos de lipoma grande (> 5 cm), de forma irregular e com sintomas de envolvimento miofascial, a imagem é justificada por ultrassom, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RNM). A imagem também deve ser obtida se a biópsia de tecido indicar a presença de uma massa infiltrada.

Tratamentos
Na maioria das vezes, não é necessário tratamento, pois o acompanhamento é clínico. No entanto, as indicações para a remoção de um lipoma incluem preocupações cosméticas, quando causam alterações nervosas, dor e consequentes limitações funcionais (como, por exemplo, angiolipomas). Outras indicações para a remoção de lipomas incluem aumento de tamanho, características irregulares (induração), tamanho (> 5 cm), amostras de biópsia de agulha do núcleo consistente com características atípicas ou outras características mais consistentes com um sarcoma (invasão / envolvimento da fáscia profunda). O diagnóstico diferencial dos lipomas inclui cisto de inclusão epidérmica, hematoma, vasculite, paniculite, nódulos reumáticos, câncer metastático / tumor subcutâneo ou infecções. Os lipomas ocorrem de forma isolada ou associados a algumas síndromes. Os mais comumente vistos são, tipicamente, lesões isoladas não associadas a qualquer mal-estar generalizado. A genética para lipomas é variável em relação às síndromes associadas.

FONTE: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/lipoma/79/

A excisão é um procedimento realizado para remover uma lesão de pele, que pode ser benigna ou maligna. Feita com anestesia local, quando se trata lesões pequenas, normalmente é uma técnica ambulatorial. O dermatologista, ao medir a área a ser removida, inclui uma margem de segurança. Em seguida, limpa a região tratada e aplica uma injeção com anestésico no local da lesão a ser removida.

A remoção pode ser feita com bisturi até a camada gordurosa da pele, assim, o profissional se certifica de que todo o material foi retirado. Em seguida, ele deverá ser enviado a um laboratório para análise patológica. O fechamento da ferida cirúrgica se faz com pontos e curativos. Após um período de sete a 14 dias, os pontos são removidos, dependendo da localização e se os fios não estiverem sob tensão (muito esticados), pois se corre o risco de a ferida cirúrgica se abrir.

Indicação

A excisão cirúrgica é indicada para a remoção de tumores benignos e malignos. O exame pode ser realizado para diagnosticar todo tipo de doença de pele: tumores benignos, malignos, inflamatórias (psoríase, por exemplo) ou infeccioso (hanseníase, por exemplo).

FONTE: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/excisao-cirurgica/7/